sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Quem sabe

O estar-vazio é um sentimento imprevisível e o é tanto que periga, talvez, acredito, não ser estar-vazio, e sim ser-vazio, existir-vazio, que seria não-existir. Dessa confusão quis dizer: o existir é o que acontece às vezes, durante a não-existência. O existir é o vacilo da neutralidade que, desatenta, permite um sorriso ou uma lágrima, que pra mim, é assim que se existe: sentindo, não pensando.

E o sorriso escapado e a lágrima fugida duram os poucos segundos que podem, as frações de minuto aproveitáveis. E nessa luz que penetra tão pouco, tão de vez em quando, tão tímida, é nela que se agarra e é ela que nos mantém de olhos abertos, evita a cegueira, encoraja a procura por mais trechos de luz na escuridão do não-existir, a escuridão do estar-vazio.

E continuaremos de olhos bem abertos. Quem sabe não acende um sol brilhante essa fagulha de luz tímida, e aí sim, seremos felizes e ofuscados, confusos na felicidade nova do enfim-existir, do tornar-se-completo.... Um dia.

Um comentário:

Anônimo disse...

já tomei o cuidado de adicionar a meus favoritos.

e o meu comentário é o primeiro, weeeeeeeeeeeeee!

cya tonite!