sábado, 13 de outubro de 2007

Peso

Dói carregar o peso de si sozinho. Eu sinto dentro, bem no lugar onde devia estar a alma ou talvez o coração, sinto o peso incarregável, o fardo indizível, o vazio homérico. É contraditório à medida que quanto menos, mais dói. A ferida aberta sangra, deixa escapar, goteja noite por noite a alma e sangra, sangra, não percebem, ninguém percebe, ninguém vê.

Covarde, preencho o vazio com o inútil. Não adianta, procuro no escuro tateando perdido perdido no vazio de dentro, tento retirar qualquer coisa extrair algum sentimento um sorriso singelo que seja um aperto de mãos sincero quem sabe e... Nada.

Tragicamente falando, meus amigos, ando pelas ruas sozinho, ando acompanhado apenas de um grande NADA em meu peito, bem no lugar onde devia estar a alma ou talvez o coração... o Peso.

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