domingo, 16 de dezembro de 2007

Seasons

Noites quentes de verão que vem e vão, essas noites de verão sempre iguais, e os vazios, ah, meu amigo, você vem falar do vazio comigo, é, que papo, os vazios, nem me fale. Tudo sempre vazio, copos vazios, bares vazios, maço vazio mas nada que impeça-nos de encher o copo, comprar mais cigarros ou mudar de bar. Nossas pernas não andam tão longe quanto costumavam, não sem reclamar, nossos corações não acreditam tanto quanto costumavam, não sem desconfiar. Nossas noites não são tão longas quanto as que passaram, nosso cansaço é o que cresce, cansados, as olheiras, a batida devagar substituindo o frenesi do descobrimento, a sabedoria da não-expectativa que vamos adquirindo aos poucos, lentamente. E sabemos, o vazio virá, parte do ciclo, a gente tenta fugir, fazê-lo demorar, tão infantis! E esse medo bobo de que o vazio não vá embora, mas ele vai, mas ele volta. Amigo, vamos com calma que a vida é curta e por isso mesmo não vale à pena ter pressa em vivê-la. Vamos aproveitar, aprender a aproveitar até mesmo os vazios que é o melhor que podemos fazer. Até mesmo através dos vazios mais vazios nós podemos continuar, basta não nos perdermos. Meu amigo, eu e você...



"Well they tried to stay in from the cold and wind
Making love and making their dinner
Only to find that the love that they grew in the summer
Froze
February April said
'Don't be fooled by the summer again'
February April said
'That half of the year, well we'll never be friends'
Gatekeeper, seasons wait for your nod
Gatekeeper, you held your breath
Made the winter go on and on"

Um comentário:

Anônimo disse...

obrigado!

ps: fofo! ^^