domingo, 8 de junho de 2008

Depois, sempre

Depois daquele dia, sua vida mudou. Deitar-se na cama cansado, dia após dia de obrigações e tarefas cumpridas, não era mais recompensador, não como antes. Era estranho, era incompleto. Depois daquele dia, sempre que se deitava sozinho sua cama parecia estar vazia: faltava ela. Depois daquele dia, nunca mais se acostumou, nunca mais deixou de pensar nela em tudo que fazia, depois daquele dia tudo fazia o mais perfeito sentido. Que era certo, que era bonito, que era pra sempre... e mesmo que o tempo passasse, e pensou - vai passar, passa tão rápido - mesmo assim nunca voltaria a ser como antes, a satisfazer-se em viver por si só, viver único. Depois daquele dia confundiu-se nela, perdeu parte de si naquele coração. E não pôde reclamar: se perdeu parte de si naquela outra pessoa, era esse o melhor lugar para deixar-se. Depois daquele dia sua vida continuou, mas diferente: tudo parecia mais leve.

2 comentários:

Anônimo disse...

Portanto, seria mais fácil de se viver vazio e mais leve?

Eu gosto é do estrago, definitivamente.

Aliás, eu queria estar apaixonado. Teus textos estão ótimos!

=(

... disse...

love is in the air!